O centenário do Athletico terminou de forma trágica com o rebaixamento à Série B, confirmado após a derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG na última rodada do Brasileirão. O clube encerrou o campeonato na 17ª posição, com 42 pontos, voltando à segunda divisão após 12 anos. O ano, que começou com a conquista do Campeonato Paranaense, foi marcado por eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana, além de falhar em alcançar o G6, objetivo traçado no início da temporada.
O jogo decisivo refletiu as dificuldades da equipe em 2024. Nervoso e pouco produtivo, o Athletico criou poucas chances, enquanto o Atlético-MG foi mais perigoso. O gol que selou o rebaixamento saiu aos 25 minutos do segundo tempo, em rebote de pênalti convertido por Rubens, após defesa inicial de Mycael. Mesmo com momentos de pressão, o time paranaense não conseguiu reagir.
A queda expõe erros graves de gestão. A instabilidade técnica, com trocas constantes de treinadores, demonstrou a falta de planejamento e continuidade. Além disso, a montagem do elenco teve falhas, com contratações questionáveis e carências em setores-chave. A diretoria tomou decisões equivocadas que agravaram a crise, resultando em uma campanha muito abaixo do esperado.
O rebaixamento terá impactos significativos, como a perda de receitas e o desgaste da imagem do clube. Contudo, o momento também oferece a chance de reconstrução. Será necessário um trabalho sério e consistente, com planejamento de longo prazo, reforços qualificados e uma comissão técnica estável. A torcida, apesar da decepção, terá um papel fundamental ao apoiar e cobrar o clube.
O centenário ficará marcado como um ano de lições difíceis. Apesar da mancha do rebaixamento, o Athletico tem a oportunidade de aprender com os erros e iniciar uma nova fase, buscando resgatar sua identidade e voltar ao protagonismo no futebol brasileiro. A reconstrução exige dedicação, estratégia e a força de uma torcida que nunca abandonará o clube.