O Tribunal de Apelações do Nono Circuito dos Estados Unidos reabriu o processo contra o Nirvana pela capa do álbum “Nevermind”, de 1991.
Na acusação, Spencer Elden, bebê que aparece na capa do disco quando tinha apenas 4 meses de vida, acusa a banda e seus representantes oficiais por danos morais, e uso de sua imagem para promover pornografia infantil.
Na sentença anterior, cuja conclusão ocorreu em setembro do ano passado e foi assinada pelo juiz Fernando Olguin, atestava que Elden esperou muito tempo para reivindicar suas alegações desde a publicação do trabalho.
Agora, o tribunal de apelações entende que o processo pode prosseguir porque o Nirvana republicou a capa do álbum em 2021, quando relançou “Nevermind” em sua edição de 30 anos.
Foi considerado que cada republicação da capa pode constituir um novo dano a Elden, abrindo caminho para a retomada do litígio.
Foram envolvidos na ação os integrantes remanescentes do grupo, o espólio do falecido Kurt Cobain, o fotógrafo Kirk Weddle e empresas envolvidas com a promoção do disco.
No original, Spencer e seus representante pediam indenização de US$ 150 mil (mais de R$ 730 mil na cotação atual) de cada uma delas no processo, além de um julgamento por júri e proibição das “práticas ilegais” por parte dos envolvidos.
À época da disputa anterior, os acusados declararam em suas defesas:
“Elden passou três décadas lucrando com status de celebridade como o ‘bebê do Nirvana’. Chegou a reencenar a fotografia muitas vezes em troca de compensações financeiras. Teve o título do álbum ‘Nevermind’ tatuado em seu peito. Apareceu em um talk show vestindo um macacão se autoparodiando. Autografou cópias da capa do álbum à venda no eBay. Usou a conexão para flertar com mulheres.”