Em entrevista ao programa #DABOLA, o diretor esportivo do Goiás, Lucas Andrino, que assumiu o clube no final de março, falou sobre o bom trabalho realizado, que quase foi coroado com o retorno à elite do Campeonato Brasileiro nas rodadas finais. O Esmeraldino terminou em sexto lugar na Série B, com 63 pontos, um a menos que o Ceará, último clube classificado.
Durante a entrevista, o diretor foi questionado sobre as dificuldades de alcançar um maior equilíbrio financeiro e esportivo, como os grandes clubes têm no Brasil. Andrino comentou sobre o desequilíbrio financeiro e ressaltou, ainda, a importância da profissionalização na gestão das equipes.
“Eu tenho um ponto importante para tocar, que é a discrepância da arrecadação. É um ponto crucial. O futebol brasileiro está muito caro. O dinheiro que foi despejado com a chegada das ligas foi pouco investido em CT e em estrutura, e colocamos todo o dinheiro no mercado de salários, o que elevou muito os custos. Isso é um ponto, mas é a gestão. Fazer de uma forma enxuta. Os clubes associativos pelejam, não conseguem, de austeridade, uma gestão mais simplista, mas pensando grande e gastando pouco.”, disse o diretor.
Sobre as SAFs no Brasil, Andrino se mostrou a favor e indicou o caminho como uma espécie de salvação para os problemas citados por eles, e até citou SAFs de equipes que disputam a Série C do Brasileirão, que irão elevar o nível de competitividade.
Quando assumiu o clube em março, o diretor foi atrás da criação de um departamento de scout para dar ainda mais argumentos para a tomada de decisões no mercado.
“As minhas tomadas de decisão em frente ao futebol estão muito ligadas ao trabalho desse departamento. Óbvio que não tomo as minhas decisões somente em cima de números, mas os números são e vão continuar sendo, ao longo de muito tempo, capazes de trazer uma robustez na hora da decisão de trazer um jogador ou não.”, afirma o diretor.