O Paraná Clube está em um momento decisivo, com dois grupos interessados na Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas a definição depende das eleições para a presidência e da assembleia geral de credores, ambas previstas para outubro de 2024. O clube, que tem uma dívida de aproximadamente R$ 130 milhões, busca garantir estabilidade para 2025, quando retornará à primeira divisão do Campeonato Paranaense.
A gestão atual de Rubens Ferreira Silva, o Rubão, será encerrada com as eleições do novo Conselho Gestor (triênio 2025-2027), programadas para 19 de outubro. Aílton Barbosa de Souza, que liderou o clube no acesso em 2024, é o principal nome para uma das chapas. A eleição ocorrerá nove dias antes da assembleia de credores, que decidirá sobre novos prazos para pagamentos da recuperação judicial, com uma parcela de cerca de R$ 20 milhões já vencida e a possibilidade de prorrogação por um ano.
Além disso, o clube precisa resolver pendências relacionadas à sede da Kennedy, cujo uso é restrito a atividades esportivas, dificultando seu leilão, que poderia facilitar a venda da SAF. A proposta mais alta entre os dois grupos interessados é de R$ 350 milhões, de um grupo de empresários ligado à Universidade Santa Cruz, que busca quitar as dívidas e investir no futebol e infraestrutura do clube.
O empresário Carlos Werner, figura importante no projeto paranista para 2024, defende a prorrogação dos prazos da recuperação judicial e considera formar um grupo gestor para criar uma “SAF Paranista”, mantendo a gestão associativa. Ele também apoia a candidatura de Aílton nas eleições.
Com o foco voltado para o futsal e as categorias de base após o título da Segunda Divisão Paranaense, o Paraná Clube planeja seu retorno às competições nacionais em 2025, mirando a Série D do Brasileiro e a Copa do Brasil.