Recebemos hoje com exclusividade no Papo de Craque o ex-treinador do Furacão, Cuca, se pronunciou sobre sua saída do comando técnico athleticano.
“Nós fomos para o vestiário e, quando se entra no vestiário, faz-se a oração. Todos rezam, agradecem a Deus por ninguém ter se machucado. O treinador sempre pede a palavra. Por isso, a gente fala que o vestiário é sagrado. Naquele momento, estava ocorrendo uma discussão entre o Paulo Miranda, que é uma pessoa excelente, do bem, um cara bom e muito útil para o Athletico. Havia uma cobrança, e o jogador estava retrucando e reclamando. Eu senti, nesse momento, que a situação ia desandar. Se você deixa desandar, você não é o comandante. Então, eu tomei as rédeas da situação e falei no vestiário as palavras que acabei de falar: quando há um culpado por um jogo, outro culpado por outro jogo, e outro culpado em outro jogo, hoje, aqui, numa situação dessas, não é o momento de lavar roupa suja. O treinador tem que agir. Nesse momento, então, o culpado sou eu, e prefiro sair, dar lugar para alguém que venha com mais energia do que eu tenho neste momento, que possa agregar mais valor do que estou agregando hoje, quem sabe tirar algo a mais de vocês, e dar oportunidade a alguns de vocês que não estão jogando. Sinto que este é o meu momento de sair. Vamos rezar e agradecer a Deus. Foi isso que falei no vestiário, e mais nada. Não consigo entender por que dizem que tive um “piti” no vestiário. Pelo contrário, fiz o que um comandante tem que fazer: chamar a responsabilidade, assumir a responsabilidade e colocar o cargo à disposição. Foi o que eu fiz.”